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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Muito Prazer, Eutanásia.

Tem coisas que a gente só ouvia falar. Sabia muito de longe, sempre acontecendo com alguém mas nunca com a gente. Parece aquele parente que mora longe, que a gente ouve falar muito, mas nunca deu as caras de verdade, até o dia em que a criatura bate à nossa porta e nos diz: - Oi, muito prazer, eu existo e acabei de entrar na sua vida. 

 Assim foi com a Eutanásia. Na verdade, a gente já tinha se visto de longe numa UTI em 2006, mas foi só um encontro de olhares. Em 2009, nos esbarramos, ombro com ombro. Mas nunca nos apresentamos formalmente, nunca conversamos.

 Tem dois dias, essa senhora tocou aqui a campainha e chegou de malas e sacolas. Se apresentou, sentou na cama do lado da nossa mais nova e nos falou com familiaridade, como a parenta distante que de repente aparece. Contou da vida e falou muito da morte também. De sofrimento. Das vezes em que a gente se viu, se esbarrou, mas nem se falou, apesar de eu ter pensado nela.

 Olhei pra nossa pequena. Mal se mexe. Vai ao banheiro, volta. Sobe na cama. Há exatos 20 dias essa é a sua vidinha. Não come. Tudo é na seringa. Ronrona feliz quando estamos todos juntos. Não bebe mais água, também precisa forcar. Não pula mais no parapeito telado. Dorme abracada no meu braco ou no do meu marido. Tem fluido no abdome. Pode ter PIF também. Pode não ter. Pode ter saudade dos irmãos, agora separados em cômodos diferentes. E Dona Eutanásia sorri das minhas dúvidas. Ela sabe esperar. E na FELV, a espera não costuma ser em vão, então pegou as sacolas, as malas e foi se instalar no quarto de visitas, dizendo que conversaríamos mais no jantar.

 Não tenho fome. Nossa pequenina também não. Cheira a comida quando está num dia bom, se está num dia ótimo, lambe. Mas não come. Sofre a minha pequena? Não sei. Queria saber.

 Dos outros dois encontros de longe com a Dona Eutanásia eu sabia o sofrer e também sabia que a luz no final do túnel era um trem vindo. Mas e agora? Escreve a veterinária do Brasil. Escreve o veterinário dos EUA. Conversamos com o daqui. Todo mundo diz pra eu mandar a parenta embora, mas todos também dizem que estão ouvindo o apito do trem, e que ele pode estar longe ou perto.


 Eu deito na cama, abraco a pequena e canto. O refrão diz Avinu Malkeinu e eu choro, porque não entendo o porque do sofrer dela. Porque ela, um bichinho inocente? Mas nao tem porque. Merda acontece e ponto final. Acontece com filho humano, com filho felino, canino, com tudo. Simplesmente acontece e a gente que lide com o que está acontecendo. 


 A Dona Eutanásia vai mexendo nas panelas, se espalhando. Não temos forcas pra mandar embora, nem pra deixar ela fazer o que veio fazer. É o limbo, e o limbo é pior que o inferno, pelo menos assim dizem. 

 Me lembro do Dr. Kevorkian. Assisti à uma entrevista que ele deu. Ele sempre dizia que é direito da pessoa acabar com a própria vida, ainda mais se houver sofrimento. Mas e se a pessoa não sabe falar? Os olhos da minha pequetita às vezes são tristes, as vezes brilham de curiosidade e alegria, especialmente quando anda de ônibus. Como saber? Não tem como. Tem? 

Deito do lado dela e tem vezes que ela ronrona, tem vezes que não. Já dormiu segurando a minha mão. Tem uma semana que não mia mais, a minha tagarela. 

 Sentamos no sofá da sala e D. Eutanásia puxa a cadeira reclinável. Acomoda-se com um sorriso. Nós temos essa presença incômoda em casa. A parenta que parecia abstracao virou concreta, dura, real ali no meio da sala colorida, que nossa bonequinha ainda nem conheceu.

 D. Eutanásia tem todo tempo do mundo.

 E minha filha, quanto tempo tem? Ninguém sabe. O relógio do quarto faz seu tic tac e eu acabo desejando que ele tivesse parado um dia antes dela ficar doente. Mas ele continua, enquanto D. Eutanásia cochila na cadeira da sala. 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

ATENÇÃO, MÃES DO RIO DE JANEIRO (em especial mães da UERJ)

Por Isa Veiga, mãe do Horácio e do Frederico.

Uma professora da Uerj, que alimenta e cuida dos gatos que vivem na universidade relatou que, ao chegar ao estacionamento, perto da obra do bandejão, onde vive uma família de felinos, encontrou um deles, que estava saudável na véspera, morto. Provavelmente, envenenado. E mais: o pratinho com a ração e vasilha de água , haviam sumido. Ela relata que, nos últimos tempos, outros gatos também tem sido vítimas de maus-tratos e costumam "aparecer" mortos, apesar do trabalho diário de voluntários.

Os funcionários que cuidam dos animais já pediram inúmeras vezes uma reunião com o prefeito da Uerj para conversar sobre o assunto, mas não foram atendidos. Lembrando que a Uerj, como uma instituição de ensino que é, deveria ser a primeira a dar o exemplo de cidadania e de respeito às leis que protegem os animais e os consideram tutela do Estado.

Que vergonha, Uerj!!!

Nota MdF: quem quiser o contato da professora Jeanne, que está à frente do protesto, escreva pra gente! Também seria bom se as meninas e meninos daqui escrevessem pro RJTV e outras emissoras. Eu já mandei minha mensagem: Fale conosco G1 - Globo

domingo, 22 de agosto de 2010

Vacina Pode Matar!

Atenção, mamães e papais do Rio e SP!

Uma mãe do Rio de Janeiro perdeu seu filhote com a reação à vacina dada pela Prefeitura do Rio, nesta última campanha! Outras várias perderam os seus em São Paulo.

Vamos aos números paulistas: Entre os dias 16 e 17, foram notificados 567 casos de reações adversas, sendo que 38% foram eventos considerados graves pela secretaria, como prostração, anorexia, dificuldade respiratória, convulsões e hemorragias A maior parte das reações tem sido observada em gatos e em cães de pequeno porte (até 6,5 kg de peso). Em São Paulo, 85,3% das reações adversas foram em gatos vacinados nos dias 16 e 17.(fonte: G1)

No Rio de Janeiro, mais casos com mortes. Números cariocas: 30% dos 21.499 gatos imunizados no primeiro dia da campanha no Rio, no sábado, apresentaram reações.

Citando a matéria do link, com adaptações: O funcionário público Cyro Fernando Fernandes, pai de Sheila Lili, 10 anos, que era o xodó da família,  gastou R$ 210 no veterinário para salvá-la: “Vacinei sábado e, domingo, ela entrou no soro, mas morreu terça. Agora, só vacino em clínica. É mais seguro”. O susto da aposentada Angela de Carvalho, 62, no Flamengo, também foi grande. Os seus sete gatos sofreram reação. “Três horas depois da vacina, ficaram sonolentos e não queriam comer. Entrei em pânico”, disse ela, que, por recomendação do veterinário, medicou os animais. “O último só melhorou na terça”, contou.

E leiam abaixo!

O Ministério da Saúde, responsável pela distribuição das doses, e o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), fabricante da vacina, admitiram que os gatos são mais sensíveis à nova fórmula do produto. O presidente da Tecpar, Luís Fernando de Oliveira Ribas, disse que a morte de felinos era esperada. "É muito chato dizer isso para quem é o dono do bichano, mas podem ocorrer óbitos em 0,01% a 0,03% dos casos, particularmente em felinos, mais sensíveis à fórmula", explicou.

(uma entrelinha rápida......Chato?? A morte do meu, do seu filho é.. CHATO?? ESSE CARA É DEMENTE???? Vou lá dar vacina pro filho dele, se a criança morrer vou dizer.. Pô, que chato. E ninguém me venha perturbar o saco falando que criança é diferente de animal - e é, eu por exemplo não quis filhos - porque aqui é um blog de MÃES E PAIS DE FELINOS! Vai arrumar o que fazer e NÃO ENCHE! )

Ribas garantiu que a vacina é mais eficaz que a anterior. "Foi feita a partir da biologia molecular, sem a necessidade de cobaias, com eficácia superior a que fabricávamos antes, além de garantir imunidade à raiva por mais tempo", disse. A corrida de donos de gatos às clínicas veterinárias, segundo ele, não faz o menor sentido. "A vacina é a mesma, afinal somos nós os fornecedores do governo e da rede privada", explicou. Tá aqui, não estou inventando não!!! As cobaias provavelmente foram os nossos filhos!!!

Seguem os dados da Tecpar. Mâes e pais, manifestem-se!!
Rua Professor Algacyr Munhoz Mader, 3775
Cidade Industrial de Curitiba - CIC
81350-010 - Curitiba - PR
Fones: (41) 3316-3000 / (41) 2104-3000
/ (41) 3346-3141
Fax: (41) 3576-1923
E-mail:tecpar@tecpar.br 

Essa criatura, esse Fernando, não é sequer veterinário para poder abrir a boca. Ele é clínico médico humano! Vejam aqui!

Aos pais e mães que perderam seus filhos, nossos sentimentos e o nome de bons advogados a quem precisar. É só deixarem comentário, hoje em dia tenho ótimos colegas pelo Brasil inteiro! Não pode ficar impune essa abominação!!! Aos pais e mães cujos filhos escaparam, solidariedade aos que perderam os seus: tweetem, repassem por email, ponham nas suas páginas de Orkut, escrevam pra tecpar. Apoio é fundamental e é a base da nossa pracinha!

Desculpem o tom iracundo, mas estou definitivamente irritada!

sábado, 5 de setembro de 2009

Quando te Disserem que tua Dor é Frescura...

Imprime isso aqui e faz a criatura que te disse isso ler em voz alta.

Fazê-la engolir fica ao seu alvitre. Sugiro que seja sem água.